segunda-feira, 19 de março de 2012

Azia?

Ontem eu fui ao ensaio do coral. Ando bem pior do que eu imaginava: agora sinto dores de estômago fortes quando sei que tenho que encontrar pessoas.
Quando chego no local, a sensação de peso no estômago diminui mas ainda incomoda. Faz tempo que não me sentia tão desconfortável assim, ainda mais com pessoas que eu já conheço há mais de 4 anos.

domingo, 11 de março de 2012

Amor: para quê? Para nada!

Nesse fim de semana fiquei sabendo que o rapaz por quem sou apaixonada há 4 anos está de namorada nova. Claro, me desidratei de tanto chorar.
O rapaz em questão já saiu comigo algumas vezes mas foi só por causa de sexo. Sim, ele me elogiava, ficava me cantando e quando eu aceitei...me lasquei! Ele, agora sustenta uma estagiária vagabunda que só está com ele pelo dinheiro..e o pior é que ele não liga pra isso, contanto que tenha uma mulher bonita pra desfilar ao lado dele por aí. Eu não era bonita o bastante pra ele. Deve ser um traste esse rapaz!, alguém pode dizer ao ler isso. De fato. Mas o que fazer se eu gosto dele e não aceitei sair por causa do dinheiro? Pois a gente até se dava bem quando estava junto...mas ele é como muitos por aí, que sentem tesão por gordas mas morrem de vergonha de sair ao lado delas. Afinal, ele tem um cargo importante e alguém pode flagrá-lo ao lado da gorda aqui e acabar com a reputação de garanhão que ele tem no serviço. Eu gostaria de estar errada a respeito dele. Infelizmente não estou. O jeito é chorar até cansar e tentar deixar o tempo cuidar disso.

terça-feira, 6 de março de 2012

Pensamento suicida do dia

Pois é...isso acontece frequentemente. Não que eu realmente queira morrer mas tem horas que viver é tão doloroso que só morrendo pra eu poder me sentir livre de tudo o que me atormenta. Hoje cedo eu pensei que seria bom eu morrer logo. Não pensei em nada específico. Tomei meu Prozac, dormi a manhã toda e acordei melhor.

Terapia me dá calafrios...

Terapia me deixa muito nervosa. Ou acham que é fácil falar pra um estranho que eu sou cheia de medos idiotas?
Amanhã tenho que começar novamente (quantas vezes eu tentei começar, nem lembro mais)a terapia com o psicólogo. ele é super legal, é irmão de uma amiga minha. Que fique claro que só vou fazer isso porque essa amiga vai pagar a consulta. Pois pra quem não sabe, a fobia social me incapacita pra fazer qualquer coisa, principalmente trabalhar. Ontem deixei definitivamente um grupo de canto do qual fazia parte. Eu fico muito ansiosa toda vez que tem ensaio e acabo evitando ensaiar. Uma pena deixa meus colegas na mão. Realmente, situações onde sou avaliada por alguém me deixam extremamente aflita. Dá tremedeira, diarréia, vontade de chorar e sair correndo. Alguns vão até achar que sou irresponsável mas procuro não ficar pensando nisso. Domingo passado fui a uma reunião com o antigo grupo do coro da UFMS. Eu havia decidido abandonar esse grupo também mas acho que preciso me ocupar com alguma coisa enquanto não estou fazendo nada. Fiquei muito apreensiva, estranhei bastante aquelas pessoas que eu conheço há tanto tempo (pra vocês verem como a minha fobia social piorou nos últimos meses). No fim, foi bom eu ter aparecido por lá, consegui me divertir quase no final da reunião. Só espero que a terapia ajude mesmo a me salvar dessa fobia. Tenho que terminar as duas faculdades que começei. Todo mundo consegue, por que eu não consigo???

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Quanto tempo eu perdi?

Segunda-feira é um dia terrível pra todo mundo. É hora de voltar pra escola, faculdade ou pro trabalho. Todo mundo já acorda na segunda pensando na sexta... Segunda-feira é bem estressante pra mim também. Atualmente, não estou nem estudando e nem trabalhando e isso me deixa muito mal. Olhar pra minha vida e ver que eu não construí nada até agora é o que mais me fa pensar em morrer. Antes, o meu peso era a única coisa que me incomodava. Agora, o fato de ser gorda, solteira, sem diploma, sem filhos, sem emprego, sem talento, e tantas outras coisas que eu não tenho me deixam extremamente depressiva. Essa doença que não me deixa viver como todo mundo, não me deixa sonhar como todo mundo, está acabando com o pouco de ânimo de recomeçar que ainda resta em mim. Se a sua rotina te sufoca, você não sabe o que é a minha rotina. Acordar torcendo pra sarar ou pra morrer.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Gorda, eu?

Gorda baleia saco de areia...ô, musiquinha chata!!
http://www.obesidadeinfantil.org. Obesidade infantil não era uma epidemia em 1987...dá pra imaginar que eu sofria mais que os gordos de hoje. Crianças obesas tornam-se adultos obesos. Olhe pra mim e veja se não é verdade! Cuidem de suas crianças!

Uma menina que ficava sozinha, pelos cantos...

Quando eu lembro da minha infância, poucas vezes eu estava acompanhada por outras crianças. a única criança que sempre estava por perto era meu irmão mais velho, e mesmo assim não era sempre que ele tinha saco pra brincar comigo. Isso era bem chato mas não parecia ser um problema naquela época, afinal, brincar sozinha não era tão ruim assim. Acho que as situações mais constrangedoras da minha infância aconteceram na escola. Lembro de uma apresentação do Dia das Mães, onde eu tinha que cantar numa igreja. Ensaiei a musiquinha numa boa mas no dia da apresentação, quando vi que teria um monte de gente olhando pra mim, comecei a chorar!! a Tia do jardim da infância teve que me arrastar até o altar e eu tive que cantar chorando. Acho que esse foi o meu primeiro episódio de fobia social. Não lembro da músiquinha, só lembro que eu chorei muuuuito. A primeira vez que alguém me chamou de tímida, eu tinha acabado de entrar na 1ª série (hoje equivale ao 2º ano ensino fundamental I) e uma professora falava sobre mim com outra professora. Eu era bem desligada mas as notas eram ótimas. Só não me peçam pra levantar da carteira e ir até a frente daa sala responder alguma coisa!! Naquela época ninguém falava de bullying mas a molecada já se ofendia a torto e a direito. Claro que eu não escapei: gorda, baixinha e tímida, ficava pelos cantos torcendo pra não ser reparada. Uma vez um moleque lazarento disse que eu tinha voz de homem. Desde então eu nunca mais soube qual era a minha voz, porque eu começei a disfarçar o tom grave. Até meu pai era adepto do bullying corretivo: uma vez ele disse que se eu não fosse gorda e feia, as pessoas iriam me elogiar. Eu já fazia dieta aos 8 anos mas nunca consegui emagrecer. Usar as roupas da minha mãe, com essa idade, não era nada legal. Nessa época comecei a pereber que alguma coisa em mim me incomodava e não era só o fato de ser tímida. Ser gorda não era bom e meu pai não gostava de mim. Não sei dizer se já nessa idade (entre 5 e 10 anos) eu era depressiva. Acho que eu apenas era uma menina sosegada, que gostava mais de ler e pensar do que interagir com pessoas. Mas com o tempo isso ia mudar. Recomendo um site que fala sobre depressão infantil: http://gballone.sites.uol.com.br/infantil/depinfantil.html.

fobia social não é ser "caipira".

Uma frase que eu ouço desde criança, quando eu me recusava a falar com alguém ou ir a algum lugar sozinha, é: Deixa de ser caipira! Uma timidez paralisante me persegue e simplesmente não consigo me livrar dela sozinha. As pesoas tentam me forçar a ser mais extrovertida mas não é me colocando num lugar cheio de gente que vou me curar. Quanto mais me exponho mais fico constrangida emais grave fica a minha fobia social. E o pior é que por causa dessa fobia eu desenvolvi depressão e bulimia. Nesse endereço http://www.psicosite.com.br/tra/ans/anssocial tem algumas informações sobre fobia social...é bem curtinho e fácil de entender. Aos poucos vou escrever como eu me tornei o que e sou e como isso prejudica a minha vida.

Escrever é preciso!

Este blog tem como objetivo ajudar na minha luta contra a fobia social,a depressão e alguns transtornos alimentares. A melhor terapia que conheço é escrever. Eu poderia conversar com alguém sobre isso, pessoalmente, mas muitas das pessoas que conheço não entendem o problema.